Vida íntima depois da cirurgia de próstata: o que esperar
A cirurgia de próstata, especialmente quando relacionada ao tratamento do câncer, como a prostatectomia radical, pode causar impactos significativos na vida íntima do homem.
Essa cirurgia envolve a remoção total da próstata e, muitas vezes, das vesículas seminais, afetando diretamente estruturas nervosas e vasculares que estão envolvidas no mecanismo de resposta física e nas sensações durante o contato.
Entender o que esperar após esse procedimento é fundamental para lidar com as mudanças de forma realista e buscar alternativas para manter uma vida satisfatória.
Mudanças na resposta física
Um dos principais efeitos colaterais após a cirurgia de próstata é a dificuldade em obter ou manter a resposta física ao estímulo. Isso ocorre porque os nervos responsáveis por essa função, conhecidos como feixes neurovasculares, passam muito próximos da próstata.
Mesmo em cirurgias com técnicas de preservação nervosa, como a prostatectomia robótica assistida, ainda existe o risco de esses nervos serem danificados ou sofrerem alterações temporárias.
A recuperação dessa função pode levar meses ou até anos, e em alguns casos, pode não ocorrer totalmente. A idade do paciente, a condição da função antes da cirurgia e a habilidade da equipe cirúrgica são fatores que influenciam na recuperação.
Muitos médicos recomendam o uso de medicamentos que auxiliam na circulação e estimulam o fluxo sanguíneo, ajudando a preservar os tecidos durante o processo de recuperação. Além dos medicamentos, há opções como dispositivos de auxílio por vácuo e, em casos mais severos, próteses específicas.
Alterações na liberação de fluido
Outro ponto que costuma gerar dúvidas e preocupação é a liberação de fluido durante o momento de prazer. Após a prostatectomia radical, o homem não libera mais fluido seminal, já que a próstata e as vesículas seminais são removidas.
Isso não impede a sensação de prazer, mas ela passa a ocorrer sem a saída do fluido. Essa mudança, embora física, pode ter impacto emocional, já que muitas pessoas associam esse aspecto ao ato íntimo completo.
Em outros tipos de cirurgia de próstata, como a ressecção transuretral (RTU), comum no tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB), pode ocorrer a chamada liberação retrógrada, quando o fluido segue para a bexiga em vez de ser expelido pela uretra, sendo posteriormente eliminado na urina.
Embora essa condição não seja prejudicial à saúde, ela pode afetar a fertilidade, o bem-estar emocional e alterar a percepção da experiência de prazer.
Adaptações e vida íntima após a cirurgia
Apesar das mudanças físicas, é importante destacar que a vivência da intimidade vai muito além dos aspectos fisiológicos.
A conexão emocional e o companheirismo continuam possíveis e presentes na vida do homem após a cirurgia. A comunicação com o parceiro ou parceira se torna essencial nesse momento de adaptação.
Além disso, o acompanhamento psicológico ou terapêutico pode ser muito útil para lidar com as questões emocionais e redescobrir novas formas de bem-estar e prazer.
Muitos homens conseguem retomar uma vida íntima ativa e satisfatória após a cirurgia, com a ajuda de recursos médicos, apoio emocional e abertura para novas experiências.
O Dr. Gino Pigatto Filho é urologista com grande experiência em Cirurgia Urológica Avançada e é entusiasta de tecnologias minimamente invasivas, com destaque para a Endourologia, Videocirurgia, Cirurgia Oncológica e Robótica. Confie no Dr. Gino para um atendimento e tratamento humanizado, personalizado e eficaz.
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